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Laudo sobre assassinato de petista aponta 13 tiros e descarta pedrada em carro

Arruda foi morto quando celebrava 50 anos em uma festa com o tema PT

Arruda foi morto quando celebrava 50 anos em uma festa com o tema PT
Reprodução/Redes sociais

O laudo da Polícia Científica do Paraná identificou que pelo menos 13 tiros foram disparados durante o confronto que matou o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, na sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu. O documento descartou ainda a possibilidade de que o assassino do petista, o agente penal federal Jorge Guaranho, tenha tido o carro atingido por pedras atiradas por Arruda, como constava no depoimento à polícia da mulher do agente penal.

Conforme o laudo de 32 páginas que foi anexado ao processo na sexta-feira (22), foram encontradas na Aresf (Associação Recreativa e Esportiva Saúde Física), local da festa, 13 estojos de arma ponto 380, além de um estojo de arma calibre ponto 40.

No entanto, a Polícia Científica não identificou quais cartuchos foram utilizados por Guaranho e quais teriam sido usados por Arruda.

Arruda foi morto no dia 9, quando celebrava 50 anos em uma festa que tinha como temas o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual no Paraná (MP-PR), o agente penal, simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL), teve acesso a imagens de câmeras de segurança da associação e foi até a Aresf. Ele parou o carro em frente ao salão onde ocorria o aniversário de Arruda. De dentro do veículo soava, em volume alto, uma música que exaltava o presidente.

Conforme testemunhas, ele ainda começou a gritar “mito”, “aqui é Bolsonaro”, e iniciou uma discussão com Arruda – eles não se conheciam. O guarda municipal então atirou terra em Guaranho, que estava no seu veículo com a mulher e o filho de 3 meses. O laudo da Polícia Científica cita ter encontrado “sujidades” nos bancos dianteiros esquerdo e direito; no assoalho; na coluna de direção; no painel; no difusor de ar lateral esquerdo; no console da porta dianteira direita; e na região esquerda do banco traseiro.

O documento contraria o depoimento da mulher de Guaranho, que afirma que seu marido foi atingido por pedras antes de sair do local, deixá-la em casa e voltar para a Aresf, onde já chegou atirando. Conforme a mulher do assassino, ele teria se sentido “humilhado”.

MP-PR apontou diferenças político-partidárias como motivador do ataque contra o petista

MP-PR apontou diferenças político-partidárias como motivador do ataque contra o petista
Reprodução

Após Guaranho efetuar disparos, Arruda revidou e, mesmo ferido, atingiu o agente penal com quatro tiros. Na semana passada, a Justiça aceitou a denúncia e tornou o agente penal réu, por homicídio duplamente qualificado. O MP-PR apontou diferenças político-partidárias como motivador do ataque contra o petista. Para a Promotoria, a morte de Arruda ocorreu por motivo fútil – a outra qualificadora foi pôr a vida de mais pessoas em risco.

O agente penal está internado em um leito de enfermaria do Hospital Costa Cavalcanti, após ter deixado a UTI. Ele está sob custódia policial, pois teve a prisão preventiva decretada. Ele está consciente e foi intimado pela Justiça sobre a denúncia acatada pela 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, que o tornou réu no caso.

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