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Veja dicas ‘matadoras’ para uma redação nota mil no Enem

As provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) serão realizadas nos dias 13 e 20 de novembro. A redação funciona como critério de desempate, mas também pode ser o diferencial para garantir uma vaga em uma universidade pública ou mesmo uma bolsa em uma instituição particular

Para ajudar os estudantes que estão se preparando para as provas, o R7 ouviu os professores Thiago Braga, autor do Sistema de Ensino pH, e Felipe Leal, professor do Curso Anglo, que dão dicas “matadoras” para uma redação nota mil. Confira

Ter hábito de leitura — Escrever e ler são habilidades inseparáveis. Quanto mais
hábito de leitura, mais repertório cultural e melhor conhecimento da língua —
ambos fundamentais na redação. Além de notícias, é importante ler livros,
mesmo sobre assuntos não relacionados ao vestibular. Falta de tempo não é desculpa, vale separar 20 minutos do dia para os livros e observar a diferença

Treinar de forma constante — Todos sabem que a redação é fundamental para a aprovação, mas
muitas vezes não levam isso em conta ao montar o cronograma de estudos. Ao
longo do ano, a redação costuma ser deixada de
lado. E há motivos para isso: escrever é difícil para a maioria das pessoas, em
especial escrever de acordo com regras e parâmetros externos. Porém, a prática é essencial. Por isso, é preciso ter um horário sagrado para treinar
redação, com constância

Conhecer as provas — A redação tem um peso importante em todos os exames, mas, assim como a prova, é elaborada e os parâmetros de correção variam bastante. Não
adianta conhecer só um modelo de texto, como o da redação do Enem; os estudantes que pretendem prestar outros vestibulares devem ficar atentos às diferenças. É muito importante
traçar as provas prioritárias e conhecer precisamente as suas características
específicas, como o peso dos textos de apoio, a valorização do repertório
externo e os gêneros textuais cobrados

Roteiro antes de escrever — Fazer um planejamento antes de começar a produzir o texto é “importantíssimo”. Segundo os professores, se não houver esse planejamento, o corretor conseguirá perceber que o texto não está coeso, e esse é um aspecto de avaliação na redação do Enem. Vale elaborar um roteiro com os principais tópicos a serem escritos na introdução, no desenvolvimento e na conclusão para auxiliar a organizar as ideias e a produzir a versão final da redação 

Título — Fazer um título para a redação e não uma redação para o título. O título deve ser a última coisa que o estudante deve escrever. É importante que seja sintético, não contenha verbos e consiga funcionar como um prenúncio interessante para o texto, que traga algum aspecto que gere a curiosidade do leitor. É interessante fazer títulos com algum repertório cultural usado no texto. Por exemplo, o aluno falou sobre a Alegoria da Caverna, de Platão, e fez uma relação com os meios de comunicação contemporâneos. Seria interessante usar como título, por exemplo, “Cavernas contemporâneas”, criando uma relação entre o repertório cultural e o assunto trabalhado no texto

Argumentação — Em uma redação argumentativa, o estudante deve produzir no mínimo dois parágrafos para o desenvolvimento da argumentação em nome da variabilidade argumentativa — são dois parágrafos com argumentos diferentes que tratem do tema que está em discussão. Não se trata de desenvolver um argumento em dois parágrafos, mas trabalhar dois argumentos diferentes que possam sustentar a tese apresentada na introdução

Conclusão — Deve ser iniciada com a retomada da tese apresentada na introdução, uma forma de fazer uma conexão semântica e estrutural, garantindo um ponto pela coesão do texto

Dica fundamental: cuidar do psicológico — Quem trabalha com redação sabe que, muitas vezes, o maior
obstáculo para a aprendizagem não é de natureza técnica, e sim psicológica.
Muitas vezes, ao fim do ensino médio, alunos que tinham bons resultados no
colégio podem não conseguir o mesmo nos cursos preparatórios ou nos exames. O progresso na redação é lento e exige insistência,
paciência. Diante das dificuldades, tendemos a apelar para um “tudo ou nada”:
como não consigo tirar mil, deixo a redação de lado. Cada um deve fazer uma
boa avaliação sobre a maneira como está lidando com a escrita e as avaliações,
seja individualmente, seja com auxílio de outros. Desistir, jamais

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