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Ceni repassa o vexame das vaias, do 0 a 0 contra o Juventude, lanterna do Brasileiro, aos jogadores. Sonha com Soteldo e Claudinho

Rogério Ceni fiel à sua filosofia. A culpa do frustrante 0 a 0 contra o Juventude foi dos jogadores

Rogério Ceni fiel à sua filosofia. A culpa do frustrante 0 a 0 contra o Juventude foi dos jogadores
Rubens Chiri / SPFC.net

São Paulo, Brasil

Vencer o Palmeiras, atual bicampeão da Libertadores.

E assumir todos os méritos da vitória, que só aconteceu por conta de ter mantido ‘suas convicções’.

Mas empatar com o Juventude, no Morumbi, lanterna do Campeonato Brasileiro, em 0 a 0, desperdiçar dois pontos ficou na conta dos erros de finalizações do seus jogadores.

Assim se comporta Rogério Ceni.

O seu desabafo ao ouvir, outra vez, a torcida vaiar, xingar seu time, após o resultado frustrante, que mantém o São Paulo apenas na oitava colocação do Brasileiro. Dez pontos atrás do líder Palmeiras.

“Tivemos bem menos oportunidades na quinta e ganhamos de um time superior. Você (no caso, o próprio Rogério Ceni) não controla o gol.

“A bola sobra dentro da pequena área, e o Miranda chuta para fora.

“O Calleri põe ali de cabeça e perdeu, acho, o tempo da bola…”, desabafou o técnico, não nominando os jogadores que desperdiçaram as chances mais claras, contra o Juventude.

Esse tipo de atitude, expor os jogadores, nas derrotas, e saborear sozinho as vitórias, fizeram com que Rogério Ceni tivesse problema no Cruzeiro, no Flamengo e na sua primeira passagem pelo São Paulo. Nas três vezes acabou demitido.

No lance que Miranda perdeu o gol, o treinador tirou seu casaco, e o atirou com raiva, no banco de reservas. Situação bizarra que só expôs seu jogador.

“Vamos tentar levar o São Paulo ao máximo, chegar vivo no dia 18 em todas as competições. Vamos tentar sobreviver, este é o grande desafio. Se não sobreviver, não adianta ter um elenco de 35 se você jogar apenas um campeonato. Temos que nos preparar antes, se não vira improviso”, disse Rogério Ceni.

A tradução das suas palavras truncadas é simples. Ele espera reforços significativos, importantes da diretoria do São Paulo.

Há dois sonhos pedidos pelo treinador.

Claudinho, ex-meia do Bragantino, que está no Zenit. E que poderia vir para o Morumbi no mesmo modelo de negociação de Yuri Alberto, que está mais do que encaminhado para o Corinthians. A Fifa liberou os jogadores de contratos com clubes russos, até junho de 2023. Por conta da guerra contra a Ucrânia.

A grande dificuldade está no salário de Claudinho, cerca de R$ 1,2 milhão por mês.

Outro atleta que é velho sonho de Ceni se chama Soteldo. O venezuelano, ex-Santos, está no Tigres do México. Só que tem problemas disciplinares sérios. E os dirigentes mexicanos se mostram dispostos a negociá-lo. Apesar de tê-lo contratado apenas há seis meses.

Há outros jogadores que atuam no Exterior que o São Paulo sonda. De acordo com conselheiros, há chances reais de chegarem além de Claudinho e Soteldo, mais dois. Só que os nomes seguem sob sigilo.

Rogério Ceni tem muito medo da disputa das oitavas da Copa Sul-Americana, que começam nesta quinta-feira, contra a Universidad de Chile, em Santiago. A partida que definirá o classificado para as quartas será no dia 7 de julho, no Morumbi.

E, principalmente, do jogo decisivo, de volta, das oitavas da Copa do Brasil, no Allianz Parque, dia 14 de julho.

Daí, ele insistir na expressão ‘sobreviver’ até o dia 18 de julho.

Para poder inscrever nas competições mata-matas que o São Paulo ainda estiver, os novos contratados. Se não, há mesmo o risco de um vexame. Buscar quatro atletas no mercado e utilizá-los apenas no Brasileiro, torneio que há enorme chance de o clube não vencer.

A partida contra o Juventude mostrou o São Paulo afobado, apressado, nervoso, tentando vencer de qualquer maneira.

A marcação do Juventude foi muito bem organizada. O São Paulo foi uma equipe tensa, afobada

A marcação do Juventude foi muito bem organizada. O São Paulo foi uma equipe tensa, afobada
Juventude

No primeiro tempo, Ceni poupou Diego, Rodrigo Nestor e Calleri. No segundo tempo, colocou o trio. Mas a forma de atuação seguiu a mesma. Com o time tenso, irritado, diante das duas linhas de cinco atletas que o treinador Umberto Louzer montou. 

“Se olhar os números vão perguntar como não ganhou, se olhar as chances de gol ainda… São dias ruins que temos que conviver. Em matéria de volume e repertório, fizemos tudo o que era possível”, resumiu Ceni, fiel à sua filosofia.

‘Volume e repertório’ são sua responsabilidade.

Os gols perdidos são dos jogadores.

Desta vez, Miranda e Calleri.

“Hoje era essencial os três pontos. Era muito importante chegar aos 21 pontos. Mas não deu. Você não consegue os três pontos dentro de casa, criando o número de chances que criamos, é ruim….”

Depois, Ceni não entende como tem relacionamento difícil com os times que comanda…

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