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Eleita 8 vezes melhor do mundo, Amandinha quer ainda mais sucesso, agora fora do Brasil

Amandinha tem sido eleita a melhor jogadora de futsal do mundo desde 2014

Amandinha tem sido eleita a melhor jogadora de futsal do mundo desde 2014

Thais Magalhães/CBF

Quando falamos nos melhores esportistas de todos os tempos, Pelé, Michael Jordan, Tom Brady e Lionel Messi são alguns dos nomes que vêm à cabeça? Mas, no futsal, se Falcão é o rei, Amandinha, eleita oito vezes a melhor do mundo, é a rainha. Nascida em Fortaleza, a cearense de 27 anos fundou as bases de seu reinado ainda nos tempos de escola e hoje exporta seu incrível talento nas quadras da Espanha, vestindo a camisa do Torreblanca.

A paixão pelo futebol veio do berço, relembra Amandinha, em entrevista exclusiva ao R7. “Desde que me entendo por gente, minha família sempre cultivou essa paixão dentro de mim, não à toa eu torço para o Ceará, pois ia sempre no estádio com meu pai.”

Na escola, em casa, ou na pracinha da vizinhança, Amandinha era a única menina que arriscava jogar, sempre cercada por meninos.

“Foi só quando eu ganhei minha primeira bolsa de estudos, numa escola particular do meu bairro, que a gente formou um time com meninas. Foi ali que se iniciou minha trajetória no esporte”, lembrou a atleta, que recebeu aos 15 anos uma proposta do Barateiro, de Brusque (SC), onde ficou até 2017, até se transferir para o Leoas da Serra, também de Santa Catarina.

Quando criança, ela acompanhou de perto, sempre colada na televisão, o surgimento de sua grande referência no futsal: Falcão.

“Me inspirei em tudo que ele fazia, a habilidade, o poder decisão. O Falcão sempre foi uma inspiração muito grande para mim. Meu maior ídolo”, contou Amandinha, que hoje veste a mesma camisa 12 do lendário ex-jogador.

 

 

 

 

 

 

De fã a ídola

 

 

 

 

 

 

Em 2014, com apenas 19 anos, Amandinha conquistou pela primeira vez o prêmio de melhor do mundo no futsal feminino, depois de vencer o Mundial de Futsal com a seleção brasileira, logo em sua primeira convocação. De lá para cá, foram outros 17 títulos entre Mundiais, Libertadores, Copa Américas e tantas outras competições. Além, claro, das outras sete vezes em que foi coroada como a melhor do planeta.

“Ser vista como referência é algo muito incrível, porque eu sei o quanto é importante ter referências boas, pessoas incríveis no qual você se inspira, no qual a gente olha pra história e vê uma oportunidade da gente chegar lá também”, comentou a atleta. “Fico muito feliz de ver que eu, uma menina, vencedora, botou o rosto pro Brasil e o mundo inteiro ver que lugar de mulher é onde ela quiser, que a gente pode sim ser o que a gente quer, que a gente pode vencer sendo mulher.”

Os desafios do futsal feminino

Como quase todo esporte no Brasil, o futsal feminino ainda sofre com a falta de apoio, visibilidade e patrocínios, especialmente se comparado com o futebol. Amandinha, porém, dispensa o vitimismo.

Para ela, os produtos são diferentes. Não se deve comparar um com outro.

“O futsal feminino pode se inspirar no futebol masculino e ver como eles cresceram. Porque sim, hoje em dia os jogadores têm salários astronômicos, mas antes não era assim. Eles cresceram como produto e acho que é esse o caminho que temos que fazer”, analisou.

“O crescimento da modalidade, aumento de salários, visibilidade, etc, vêm através das organizações, das federações e confederações, e dessa transformação do produto. Para que mais pessoas queiram ver, se interessem e, consequentemente, mais patrocinadores cheguem. Eu vejo que a mudança pode ser feita se a gente se profissionalizar e entender que temos que ser um produto bem vendido”, pontuou Amandinha.

 

 

 

 

 

 

Fico muito feliz de ver que eu, uma menina, vencedora, botou o rosto pro Brasil e o mundo inteiro ver que lugar de mulher é onde ela quiser, que a gente pode sim ser o que a gente quer, que a gente pode vencer sendo mulher

Amandinha, oito vezes melhor do mundo no futsal feminino

A ida para Europa

Depois de cinco temporadas, Amandinha deixou o Leoas da Serra rumo ao futsal espanhol

Depois de cinco temporadas, Amandinha deixou o Leoas da Serra rumo ao futsal espanhol

Divulgação

 

 

 

 

 

 

Até o ano passado, Amandinha tinha como algo para si que ficar no Brasil significaria ajudar a desenvolver o futsal feminino em solo nacional. No entanto, depois de cinco temporadas vestindo a camisa do Leoas da Serrra (SC), a jogadora deciciu explorar novos ares, e se transferiu para o Torreblanca, da Espanha. 

A mudança, caminho que inclusive nem o ídolo Falcão arriscou a tomar, foi só depois de ajudar a modalidade no Brasil. Depois de muita entrega e dedicação, chegou o momento de buscar novos ares.

“Não estava sendo benéfico para mim enquanto atleta. E eu vi que era meu momento de mudar. Então eu pensei um pouco em mim também. Decidi sair do país, respirar outros ares e reacender uma chama que havia sido apagada em mim. Hoje, na Espanha, eu estou feliz demais, atingindo outros públicos, e fazendo o mesmo trabalho que fazia no Brasil, me dedicando como atleta, mas também tentando engrandecer a modalidade em outro país, para outras pessoas”, completou Amandinha.

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